A realidade da dor em Portugal

A DOR

A dor constitui um dos principais motivos para a procura de cuidados de saúde por parte da população em geral.1

Além de impactar de forma significativa a qualidade de vida dos doentes, a dor provoca alterações fisiopatológicas, que contribuem para o aparecimento de comorbilidades e alterações psicológicas, que podem conduzir à perpetuação do fenómeno doloroso.1

A dor pode ser aguda quando apresenta um início recente e de provável duração limitada, havendo, normalmente, uma definição temporal e/ou causal.1 Por outro lado, a dor pode ser crónica quando é uma dor contínua ou recorrente com 3 meses ou mais de duração, ou quando persiste para além do curso normal de uma doença aguda, ou da cura da lesão que lhe deu origem.1,2

Quando não tratada, a dor pode tornar-se mais complexa no que diz respeito à sua fisiopatologia, deixando de ser apenas um sintoma, relacionado com a causa inicial, e torna-se uma condição totalmente distinta - uma doença per si.2

Para saber mais sobre dor, consulte o nosso artigo



A REALIDADE DA DOR EM PORTUGAL

A dor crónica afeta 1 em cada 3 adultos portugueses e representa um grave problema de saúde pública.3

A Dor Lombar Crónica é a dor crónica mais prevalente na população portuguesa4 e estima-se que, no geral, a dor crónica represente um custo anual, aproximado, superior a 4 milhões de euros para a população portuguesa.3

A dor crónica pode, ainda, estar sujeita a sequelas que comprometem a saúde e qualidade de vida destes doentes, bem como a dos seus familiares e/ou cuidadores.3

A realidade da dor em Portugal


Com o intuito de caracterizar a prevalência da dor crónica e do seu impacto sobre a qualidade de vida dos doentes com dor, foi realizado o estudo Chronic Pain Care – “Prevalence and Characteristics of Chronic Pain Among Patients in Portuguese Primary Care Units”4, o primeiro estudo em dor, realizado nos Cuidados de Saúde Primários em Portugal Continental, publicado na revista científica Pain and Therapy.

Através da realização deste estudo, constatou-se que a dor crónica afeta, maioritariamente, a região cervical, a parte inferior das costas e membros inferiores. Além do mais, caracteriza-se por ser uma dor com uma mediana de intensidade máxima de 7, numa escala de 1 a 10, com um impacto negativo sobre a qualidade de vida dos doentes.4

Assista ao vídeo para saber mais sobre DOR em Portugal.



A dor é uma experiência pessoal e individual e cada pessoa sente o seu impacto de forma diferente. Não existe uma DOR mais importante do que a outra. Todas importam. A SUA DOR IMPORTA.

Se é Profissional de Saúde e deseja saber mais sobre a realidade da dor em Portugal, pode consultar e descarregar uma Infografia em



Referências

  1. Plano Nacional de Luta Contra a Dor. DGS. Disponível em: https://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/dor.aspx. Consultado em 29-09-2023.
  2. Nicholas M. et al. The IASP classification of chronic pain for ICD-11: chronic primary pain. Pain. 2019 Jan;160(1):28-37.
  3. Dor em Portugal. SIP - Societal Impact of Pain. [Internet] Consultado a 11/09/2023. Disponível em: https://sip-pt.pt/
  4. Antunes F, Pereira RM, Afonso V, Tinoco R. Prevalence and Characteristics of Chronic Pain Among Patients in Portuguese Primary Care Units. Pain Ther. 2021 Aug 28. Epub ahead of print.