Impacto da dor crónica na funcionalidade e qualidade de vida dos doentes


A Dor Crónica apresenta uma natureza multifacetada e pode ser explicada através do modelo biopsicossocial, que engloba fatores biológicos, psicológicos e sociais. Esta desencadeia consequências significativas para os doentes, assim como para as suas famílias, para o seu ambiente social e profissional, causando diminuição da qualidade de vida.1

Impacto da dor crónica na funcionalidade e qualidade de vida dos doentes

Num estudo de prevalência e caracterização da dor crónica nos Cuidados de Saúde Primários, realizado em Portugal, as principais dificuldades referidas pelos doentes são:3

Impacto da dor crónica na funcionalidade e qualidade de vida dos doentes

Adicionalmente, a evidência comprova que os doentes com dor crónica, apresentam uma diminuição dos processos cognitivos, tal como a redução na memória a longo prazo.4

Assim sendo, existe a necessidade de adotar uma abordagem multidisciplinar, que melhore a qualidade de vida dos doentes com dor crónica.1


A IMPORTÂNCIA DA FUNCIONALIDADE

A saúde deve ser medida em termos de funcionalidade e não apenas pela doença. Entenda-se por funcionalidade a capacidade para deambular, função cognitiva, retorno ao trabalho, realização de atividades de vida diária, sono, etc.5

Embora a intensidade da dor seja frequentemente considerada o aspeto primário sobre o qual o impacto da dor é avaliado, a função física é um importante indicador do impacto da doença no dia-a-dia das pessoas que vivem com dor crónica.6 Inclusive, a maioria dos doentes considera a incapacidade para realizar atividades da vida diária muito mais importante do que a própria dor.7


RECOMENDAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO FUNCIONAL: EXERCÍCIO FÍSICO

Os doentes com dor crónica apresentam uma tendência para evitar a atividade e procurar o descanso.8,9 No entanto, o exercício físico deve ser uma parte fundamental do tratamento do doente com dor crónica.10,11

Estar fisicamente ativo pode melhorar a saúde do cérebro, manutenção do peso, fortalecimento dos ossos e músculos, e melhoria da capacidade dos doentes de realizar atividades diárias.8,9

Seguidamente, apresentamos alguns exemplos que podem fazer parte de um programa de exercícios para doentes com dor crónica:12-14

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